segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Os prestadores de serviços VPN são realmente anônimo?

Já faz algum tempo que as Redes Privadas Virtuais (VPNs) vêm ganhando popularidade, principalmente após o escândalo de espionagem da NSA deflagrado por Edward Snowden em 2013. De lá para cá, a oferta de provedores VPN cresceu exponencialmente e atualmente temos um sem-número de alternativas à nossa disposição.
No entanto, isso não significa que tudo o que é ofertado internet afora é seguro e merece confiança - pelo contrário. Alguns serviços de VPN mantêm extensos logs com o registro de todas as atividades dos computadores dos usuários, o que põe em risco a segurança e privacidade dos clientes. Ou seja, o que tecnicamente deveria ajudar a proteger o usuário acaba se voltando contra ele, pondo em risco sua identidade.
Para que você contrate o provedor VPN ideal e fique tranquilo ao navegar na internet, nós nos baseamos neste artigo do TorrentFreak para elaborar esta lista com os 10 provedores VPN que levam sua segurança e privacidade a sério. Todos eles foram consultados pelo portal norte-americano, que os questionou a respeito do armazenamento de logs e dados pessoais do usuário, bem como se há algum tipo de restrição em relação ao conteúdo acessado pelos assinantes, e nós compilamos os melhores a seguir. Confira!

1. Private Internet Access

O provedor não armazena nenhum log relacionado a tráfego, sessão, DNS ou metadados dos usuários. Ou seja, não há qualquer tipo de monitoramento do que o usuário faz na rede.
Isso significa que quem optar pelo serviço pode baixar torrents e conferir conteúdo "pirata" na rede sem se preocupar de ter sua conta suspensa. "Nós não censuramos os nossos servidores, ponto final", afirma categoricamente a Private Internet Access em resposta ao referido portal.
Além disso, a companhia disponibiliza data centers em 26 países diferentes, incluindo Brasil, Estados Unidos, Rússia e Reino Unido. Embora nenhum deles seja administrado fisicamente pela empresa, ela garante que "amigos e parceiros de negócios [que gerenciam os data centers] passaram por rigorosas diligências" para garantir a qualidade, transparência e segurança do serviço.
A Private Internet Access é um provedor VPN pago que possui planos por a partir de US$ 3,33 no pacote anual, que sai por US$ 39,95.

2. TorGuard

O TorGuard é outro provedor VPN que não mantém nenhum tipo de registro que leve à identificação do usuário. Além disso, o serviço garante manter uma política de IPs compartilhados, que, divididos entre seus clientes, torna impossível o rastreamento da origem das requisições.
Além disso, a companhia garante não restringir o tráfego de qualquer tipo de conteúdo, o que significa que o BitTorrent e demais protocolos P2P estão liberados. Apesar disso, a afirmação de que "Por padrão, nós não bloqueamos ou limitamos qualquer tipo de tráfego de dados" nos leva a acreditar que, dependendo da situação, o contrário pode ser aplicado.
Um fator que faz o TorGuard se diferenciar em relação à concorrência é o fato de ele ter acesso físico a toda a infraestrutura do serviço ofertado, mesmo que ela esteja sob a responsabilidade de terceiros. "Todos os nossos servidores são implantados e gerenciados exclusivamente por nossa equipe de rede utilizando métodos seguros", explica.
Ao todo, o serviço oferece opções de conexão em mais de 49 países, incluindo Brasil, China, Estados Unidos, Rússia e Suécia. Aqui, os planos iniciam em US$ 5 mensais no plano anual, que custa US$ 59,99.

3. SlickVPN

Embora não seja tão conhecido quanto as duas opções anteriores, o SlickVPN figura nesta lista como um dos melhores provedores do tipo na atualidade. No mercado desde 2012, o provedor compartilha com seus concorrentes a característica de não manter nenhum tipo de registro de atividade de seus clientes, mantendo todos no anonimato.
Questionado pelo TorrentFreak se há alguma espécie de restrição de tráfego, o SlickVPN é cabal: "Não. Todo tráfego é permitido". Já em relação à forma como administra sua infraestrutura, o serviço alega que ele próprio gerencia as instalações mais críticas, enquanto os servidores que têm menor demanda são gerenciados por parceiros terceiros.
Ao todo, o provedor conta com servidores em meia centena de países, ofertando uma ampla gama de possibilidade de conexão aos usuários, incluindo Brasil, Estados Unidos, Rússia, China e Suécia.
Os planos começam a partir de US$ 4 mensais no plano anual, que custa US$ 48. Outras três opções de assinatura também são ofertadas.

4. IPredator

Outro nome um tanto quanto desconhecido nesta lista, o IPredator é mais uma opção de provedor VPN para quem procura um serviço que preza por segurança e anonimato. De acordo com a empresa que mantém a plataforma, nenhum log é armazenado e não há nenhuma forma de relacionar um cliente a seu respectivo IP, pois o serviço não identifica o IP de origem das requisições, encerrando e excluindo quaisquer sessões de conexão assim que ela é terminada.
Em relação ao bloqueio de determinados protocolos, como o BitTorrent, a empresa alega que "é seu dever proporcionar um acesso à internet de maneira que cada usuário seja livre para compartilhar o que quiser", afinal de contas, "a sociedade foi construída sobre a livre troca de conhecimento cultural". Portanto, pode ficar tranquilo e baixar o que quiser enquanto utiliza o serviço.
Além disso, outro ponto que merece destaque é que a empresa detém toda a infraestrutura do serviço que oferece e não permite que ninguém de fora da empresa mexa no que é dela. "Nós não confiamos em terceiros para operar nossa infraestrutura", explica.
O ponto negativo disso tudo é que o IPredator só dispõe de servidores na Suécia, o que pode comprometer a experiência de uso de quem reside fora da Europa. Outro revés é que só há opção de contratação mensal, o que custa US$ 8 ao bolso dos assinantes.

5. SmartVPN

Relativamente conhecido pelos aficionados por segurança digital, o SmartVPN é outro provedor que alega não manter nenhum log ou informação que comprometa a segurança e identidade do usuário.
Além disso, o serviço garante que não limita qualquer tipo de tráfego em sua rede, deixando as portas abertas para os fãs de torrent e qualquer outro protocolo P2P.
Outra característica do SmartVPN é que boa parte de sua infraestrutura é gerenciado por uma equipe própria, e somente servidores instalados em localidades "exóticas" que são administrados por parceiros. Inclusive, o serviço oferece opções de conexão em países como Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Japão e outros.
Por fim, o serviço é um dos poucos que oferece um leque de opções de assinatura para os clientes, com pacotes básicos que custam a partir de US$ 3 no plano anual até um plano avançado, cujo diferencial é fornecimento de um IP dedicado, por a partir de US$ 13 mensais na assinatura anual.

6. ExpressVPN

Operando desde 2009, o ExpressVPN é um dos servidores que surgiram antes do escândalo de espionagem da NSA. Desde sempre, a empresa diz que jamais armazenou qualquer log ou informação que pudesse ser rastreado de volta para o usuário ou entregar sua identidade. Assim como o TorGuard, o funcionamento deste provedor é baseado em IPs compartilhados.
Ele também permite o tráfego de qualquer tipo de dado, o que significa que o usuário pode acessar e baixar arquivos dos principais sites de torrent e plataformas P2P da atualidade sem medo de ser feliz.
Questionado sobre quem administra sua infraestrutura, no entanto, o ExpressVPN desconversa dizendo que utiliza "data centers premium que empregam rígidas normas de segurança e que não têm acesso aos servidores da empresa". Seja lá o que isso significa, fica aí o alerta para aqueles que preferem um suporte técnico especializado e direto.
Sobre a localização desses servidores, a empresa diz contar com instalações em 78 países diferentes, embora não abra a lista dessas regiões.
Apesar dos dois contratempos, um diferencial do ExpressVPN é que ele oferece um período de testes gratuitos de 30 dias. Caso o usuário tenha algum problema ou não se agrade com o serviço, pode cancelar a assinatura a qualquer momento. Se decidir seguir adiante a assinar um dos planos ofertados, o mais em conta deles sai por US$ 8,32 mensais no plano anual.

7. Anonymizer

Atuando há 20 anos no mercado de VPNs, o Anonymizer é outro provedor que preza pela segurança e anonimato do usuário. Bem como seus concorrentes, o serviço diz não armazenar nenhum tipo de informação a respeito do usuário.
Além disso, ele permite que seus usuários utilizem todo tipo de protocolo, não discriminando ou bloqueando qualquer conteúdo. Ou seja, o torrent pode rolar solto, sem qualquer sorte de retaliação.
Outro fator que destaca o serviço é que ele é dono de toda a infraestrutura que emprega, desde os computadores até o emaranhado de cabos em seus data centers. "Ninguém de fora [da empresa] tem acesso ao nosso ambiente", garante a companhia.
Apesar disso, uma característica pode atrapalhar a chegada de novos usuários: o Anonymizer só dispõe de servidores nos Estados Unidos e Holanda. Apesar disso, ele oferece um período de 14 dias de testes gratuitos e os planos iniciam em US$ 6 mensais na contratação anual.

8. IPVanish

Relativamente novo no mercado, o IPVanish atua desde 2011 e, como diferencial, diz ser proprietário e operar seu próprio backbone, construído e otimizado para o uso de VPN. Dessa forma, o provedor busca entregar as melhores velocidades de conexão possíveis.
Assim como os demais, ele não armazena qualquer tipo de dado sobre o usuário, tampouco o que ele faz online. O uso de torrent e demais protocolos P2P é livre, não configurando nenhum tipo de penalidade ao cliente.
Os servidores estão espalhados por mais de 60 países, incluindo o Brasil, e os planos custam a partir de US$ 6,50 mensais no plano anual.

9. LiquidVPN

Um dos serviços mais novos desta lista, o LiquidVPN atua no mercado há 3 anos e conta com todas as características dos provedores listados anteriormente.
O diferencial dele é a funcionalidade Smart DNS, que configura a conexão do usuário para que ele possa acessar serviços de streaming como se estivesse nos EUA ou no Reino Unido. Dessa forma, o LiquidVPN garante que o serviço seja prestado até mesmo quando supostamente há bloqueio de usuários de VPN, como praticado pela Netflix.
Apesar desse distintivo, o provedor não detém a propriedade de seus servidores, que são fornecidos por parceiros. Mesmo assim, ele garante que toda a administração é feita por sua equipe e "ninguém tem acesso a esses servidores".
Outra característica que o diferencia dos demais é que ele limita o uso da conexão a uma determinada quantidade de dispositivos de acordo com o plano escolhido. Por exemplo, o plano mais básico custa US$ 7 mensais e inclui suporte a apenas 2 aparelhos.

10. Cryptostorm

Talvez este seja o provedor que mais pareça amador aos olhos dos usuários. A verdade, porém, é bem diferente disso, já que basta explorar um pouco o site do Cryptostorm para perceber que é voltado para um público mais hardcore.
Com canais de atendimento incomuns, como o IRC, o provedor não mantém nenhum log de acesso dos usuários, tampouco impede o uso de protocolos P2P. O "porém" fica por conta da infraestrutura, que não é própria e é mantida remotamente pela equipe do Cryptostorm.
Apesar do revés, o serviço é um dos mais em conta, oferecendo planos que partem de US$ 3,90 no plano bianual e opções de pagamento via Bitcoin e cartões pré-pagos, tudo para que o usuário não forneça nenhum dado pessoal.

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